Invocas-me na noites escura. Como não responder ao teu chamado, fazer-te meu? É como desejo, como quero…ter-te.
Deslizo-te suavemente, com o meu corpo sobre o teu. Nos meus olhos, lês intenções que te fazem estremecer de antecipação.
Tocar-te.
Excitar-te.
Provocar-te.
Fazer-te delirar… enlouquecer sob o meu corpo.
Ondulante, num leve roçar, prometedor, de pele quente. Olhos presos nos teus. Fazer-te gritar na minha boca.
Beijo-te as virilhas, sinto as coxas endurecerem sob as minhas mãos. Contorces-te…sentes a minha respiração quente e ofegante de excitação, hoje mando eu, provoco-te, excitando-te mais, mais. Delicio-me, prazer mútuo.
Beijo-te o ventre, acaricio-te inteiro, roçando os mamilos rígidos nas tuas coxas, queimas-te na minha pele escaldante de sol, esfrego-me, roço-me, enquanto gemes de prazer, de excitação crescente. És todo meu.
Provo-te - não resisto - provo-te, esfomeada. Sentir-te latejar dentro de mim.
Saboreio-te como um acepipe, sedenta de ti.
Beijo-te o peito, lambo os teus mamilos. Aprisionas-me a ti, mãos ansiosas, pela cintura, pelas nádegas, agarras-me com força.
“Podes ver, mas não podes tocar.”
Seguro-te as mãos sob os meus joelhos e suspiras. Ver e não tocar, doce tortura.
Num mar de promessas, não desprendo o teu olhar, lambo-te a boca e, com mãos suaves, encaixo-te sobre mim, ondulante. Faço-te entrar dentro de mim, lentamente… Descaio inteira sobre ti e gemes, agarrando-me os joelhos com força, até os nós das mãos ficarem brancos. Suspiro de prazer, cheia de ti, balanceado as ancas, quase imperceptível. Controlo um grito de prazer, o teu olhar inunda-me de chispas raiadas de labaredas, excita-me [ainda] mais.
Danço sobre ti, em movimentos ondulantes e ritmados. Apoio as mãos nos teus joelhos…estás completamente imóvel sobre mim e sinto-me enlouquecer de desejo e luxúria. Tão mulher, tão sensual, tão tua…Deliras com a visão e o prazer mútuo é contagiante e crescente.
Quero mais, mais.
Enterro-me toda sobre ti, absorvendo-te, faço-te desaparecer.
Fixas o olhar no meu umbigo, como se transparente fosse e pudesses ver-te dentro de mim. Páro e recomeço [não saberes quando páro e quando recomeço enlouquece-te e quero-te desvairado, endoidecido de paixão], a pressão das tuas mãos e dos teus joelhos é quase insuportável. Sabendo que não vou conseguir segurar-te por muito, gozo a meu bel-prazer, sou fêmea e tu quase animal. Quero gozar, satisfazer-me sobre ti, num vai-vem ensurdecedor… já não somos eu e tu, já não somos tu e eu: somos um só, de corpo e alma.
Uma gota de suor escorre-me entre os seios. Inclino-me, quero que a lambas, em delírio. Brindo-te com um seio, que abocanhas devorador e contorço-me de excitação sobre a tua boca sugadora.
Libertas-te da doce prisão do meu corpo sobre o teu: ergues os joelhos, aconchegando-me a ti e, bruscamente, libertas as mãos. Fecho os olhos e gemo num sussurro, antecipando a suave prisão dos meus seios na tua boca voraz.
As tuas mãos suaves e firmes na minha cintura fazem-me rodar e, sem nos separarmos [estamos fundidos num só], o teu corpo está sobre o meu…
Longas pernas abraçam-te pela cintura, dedos longos enlaçam-te pela nuca.
Gemidos de prazer emito-os sob a tua boca, que me queima e invade.
[Somos a mesma matéria, somos um só, nas doces descargas de prazer que nos queimam as veias]
Chamaste-me?! Eis-me aqui…