1 de agosto de 2012

À Sombra






Quente. Muito quente. Escaldo.


Refresca-me. 


Beija-me. Toca-me


Possui-me.


Refresca-me.


Sente-me quente, saboreia-me doce.




Incendeias-me.
Satisfaz o meu Desejo.

30 de julho de 2012

À Beira Mar








O Sol beija-me a pele dourada.


A areia abafa os teus passos e sinto a frescura da tua sombra nas minhas costas. Deitas-te sobre elas, beijando a nuca: “Estás a escaldar”.


O peso do teu corpo sobre o meu faz-me sorrir de satisfação, mantendo os olhos fechados, sentindo a frescura do teu corpo, num encaixe perfeito…


Afastando-te apenas o necessário, percorres-me as costas, agora molhadas pelo teu peito, com beijos vagarosos e salgados. Encolho-me de satisfação, para de imediato relaxar, conforme passas a mão pelas costas abaixo…e sinto os teus dedos, molhados, meigos, mas exigentes, que me procuram mais intimamente.




Deixo escapar um leve gemido, acomodo-me, relaxando completamente entregue ao prazer que os teus dedos me provocam, permitindo-te livre acesso, sentindo-me inundada, enquanto os teus beijos prosseguem, vagarosos e salgados…

Sinto-me cada vez mais quente, ondas de excitação percorrem-me com intensidade e, mantendo os olhos fechados, para melhor saborear, viro-me para ti, acomodando os teus dedos dentro de mim, com movimentos involuntários, mas plenos de desejos.


Encaminho, com doçura, a tua cabeça para os vale dos meus seios, mergulhando os dedos no teu cabelo molhado, num pedido silencioso. Com um leve sacudir de ombro, deixo cair a alça do bikini, oferecendo-te o seio rígido e um mamilo erecto, que, destapado, saboreia o calor do sol, provocando-te. Mantenho os olhos fechados, mas sinto todos os músculos do teu corpo reagirem, sinto-te encostado à minha coxa, sentindo que o teu desejo aumenta…


A boca que sorve, suga, lambe e mordisca o mamilo é secundada por dedos que, em movimentos circulares, tudo exigem…


Estremeço. Entreabro os olhos. Sentes que estou ao rubro de desejo.
Afastando-te contra vontade, percorres-me uma perna com ambas as mãos, da virilha ao tornozelo… “Anda, vamos fazer amor à beira mar…”

29 de julho de 2012

BEIJO ROUBADO




Apetece-me um beijo…quente…molhado…” - sussurro, roçando-te levemente os lábios suaves pelo lóbulo.
“Vem…” - autorizas, num fio de voz.


Debruço-me ligeiramente. Corpo quase tocado corpo. Vontade controlada de sentir a tua pele, que sintas a minha, quente, macia e trémula de paixão.




Brinco com os teus lábios. Predadora. Passeio livremente a língua, saboreio cada tremor. Esforças-te por te manteres impávido. A minha excitação aumenta.


Desfruto. Sou felina, caçadora. Lambo-te os lábios, o interior da boca, procuro a língua que insistes em negar-me.


Exploro-te, numa liberdade audaz, sentindo-me cada vez mais entregue a este prazer. Pertences-me quando sinto as tuas mãos cerradas, controlas a vontade de me acariciares. Os teus gemidos enlouquecem-me, perdidos neste beijo roubado, interminável, lento, molhado e quente...O nosso desejo aumenta, exigente, descontrolado, quase doloroso. 




Sinto o rosto entre as tias mãos, selváticas. Prendes-me a ti. Sorrio dentro da tua boca, que me beija com ardor, com paixão. Exploras recantos, onde te perdes.
Gemo na tua boca. Murmuras: “Adoro quando os roubas…”

5 de julho de 2012

Sou pólvora, és fogo



Aumenta o meu desejo, o teu corpo sobre o meu.

Escorro de prazer…entrelaço-te, prendo-te a mim.

Nos teus olhos, labaredas do meu corpo:

Pernas, ancas, seios, fragmentos que ganham vida.

Da boca, fluiem gemidos, lambidos por línguas ansiosas.


Os meus sorrisos pedem “mais”.

És meigo e terno. És audaz e exigente.

Amor doce e selvagem.

Arranho-te, abraço-te, amo-te.

Sou fogo ardente, que acaricia o teu corpo.


… Tu és fogo e eu sou pólvora…



Doce explosão de prazer.

Beija-me com as mãos...










...esta noite...

26 de junho de 2012

O Amor é Mais Forte



Os amantes de hoje preferem a droga mais leve, o tabaco mais light ou o café descafeínado. Já ninguém quer ficar pedrado de amor ou sofrer de uma overdose de paixão. As emoções fortes são fracas e as próprias fraquezas revelam-se mais fortes. Os amantes, esses, são igualmente namorados da monotonia e amigos íntimos da disciplina. O que está fora de controlo causa-lhes confusão, e afecta-lhes uma certa zona do cérebro, mas quase nunca lhes toca o coração. O amor devia ser sonhado e devia fazê-los voar; em vez disso é planeado, e quanto muito, fá-los pensar. 
Sobre o amor não se tem controlo. É um sentimento que nos domina, que nos sufoca e que nos mata. Depois dá-nos um pouco vida. No amor queremos viver, mas pouco nos importa morrer e estamos sempre dispostos a ir mais além. Deixamo-nos cair em tentação, e não nos livramos do mal, embora procuremos o bem. No amor também se tem fé, mas não se conhecem orações: amamos porque cremos, porque desejamos e porque sabemos que o amor existe. Amamos sem saber se somos amados, e por isso podemos acabar desolados, isolados e deprimidos. Que se lixe! O amor não é justo, não é perfeito; no amor não se declaram sentenças nem se proferem comunicados. O amor prefere ser imprevisível, cheio de riscos e de fogo cruzado. No amor os braços não se cruzam, as palavras não se gastam e os gestos servem para o demonstrar. Amar também é lutar, e enfrentar monstros fabulosos com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão. É uma ilusão, um sonho, um absurdo e uma fantasia. O amor não se entende, não se interpreta, não se discerne nem se traduz. Quem ama acredita, mas não sabe bem porquê, não sabe bem o quê, nem percebe bem como. 


Rogério Fernandes

23 de junho de 2012

Incandescente



Aprecio cada parte do teu corpo, cada poro, cada célula, cada traço. Quero amar, enlouquecer, perder-me por ti e em ti. Nas curvas dos teus braços, na planície das tuas costas… quero amar-te.

Aquecer no teu corpo, transpirar de prazer.

Adrenalina, fogo, sangue quente, veias pulsantes, gemidos de prazer, suspiros de arrepiar.



Sou tempestade, candura.
Sou terramoto, erupção.



Delírio, amante-amigo-companheiro…homem, minha fonte de prazer, ternura e bem-estar.

Amor incessante, exaustos completamo-nos, num encaixe perfeito de emoções, insanos … incandescente paixão.



10 de junho de 2012

Chamaste-me?


Invocas-me na noites escura. Como não responder ao teu chamado, fazer-te meu? É como desejo, como quero…ter-te.

Deslizo-te suavemente, com o meu corpo sobre o teu. Nos meus olhos, lês intenções que te fazem estremecer de antecipação.

Tocar-te.

Excitar-te.

Provocar-te.

Fazer-te delirar… enlouquecer sob o meu corpo.


Ondulante, num leve roçar, prometedor, de pele quente. Olhos presos nos teus. Fazer-te gritar na minha boca.

Beijo-te as virilhas, sinto as coxas endurecerem sob as minhas mãos. Contorces-te…sentes a minha respiração quente e ofegante de excitação, hoje mando eu, provoco-te, excitando-te mais, mais. Delicio-me, prazer mútuo.

Beijo-te o ventre, acaricio-te inteiro, roçando os mamilos rígidos nas tuas coxas, queimas-te na minha pele escaldante de sol, esfrego-me, roço-me, enquanto gemes de prazer, de excitação crescente. És todo meu.


Provo-te - não resisto - provo-te, esfomeada. Sentir-te latejar dentro de mim.

Saboreio-te como um acepipe, sedenta de ti.


Beijo-te o peito, lambo os teus mamilos. Aprisionas-me a ti, mãos ansiosas, pela cintura, pelas nádegas, agarras-me com força.

“Podes ver, mas não podes tocar.”

Seguro-te as mãos sob os meus joelhos e suspiras. Ver e não tocar, doce tortura.

Num mar de promessas, não desprendo o teu olhar, lambo-te a boca e, com mãos suaves, encaixo-te sobre mim, ondulante. Faço-te entrar dentro de mim, lentamente… Descaio inteira sobre ti e gemes, agarrando-me os joelhos com força, até os nós das mãos ficarem brancos. Suspiro de prazer, cheia de ti, balanceado as ancas, quase imperceptível. Controlo um grito de prazer, o teu olhar inunda-me de chispas raiadas de labaredas, excita-me [ainda] mais.

Danço sobre ti, em movimentos ondulantes e ritmados. Apoio as mãos nos teus joelhos…estás completamente imóvel sobre mim e sinto-me enlouquecer de desejo e luxúria. Tão mulher, tão sensual, tão tua…Deliras com a visão e o prazer mútuo é contagiante e crescente.

Quero mais, mais.

Enterro-me toda sobre ti, absorvendo-te, faço-te desaparecer.

Fixas o olhar no meu umbigo, como se transparente fosse e pudesses ver-te dentro de mim. Páro e recomeço [não saberes quando páro e quando recomeço enlouquece-te e quero-te desvairado, endoidecido de paixão], a pressão das tuas mãos e dos teus joelhos é quase insuportável. Sabendo que não vou conseguir segurar-te por muito, gozo a meu bel-prazer, sou fêmea e tu quase animal. Quero gozar, satisfazer-me sobre ti, num vai-vem ensurdecedor… já não somos eu e tu, já não somos tu e eu: somos um só, de corpo e alma.

Uma gota de suor escorre-me entre os seios. Inclino-me, quero que a lambas, em delírio. Brindo-te com um seio, que abocanhas devorador e contorço-me de excitação sobre a tua boca sugadora.

Libertas-te da doce prisão do meu corpo sobre o teu: ergues os joelhos, aconchegando-me a ti e, bruscamente, libertas as mãos. Fecho os olhos e gemo num sussurro, antecipando a suave prisão dos meus seios na tua boca voraz.

As tuas mãos suaves e firmes na minha cintura fazem-me rodar e, sem nos separarmos [estamos fundidos num só], o teu corpo está sobre o meu…

Longas pernas abraçam-te pela cintura, dedos longos enlaçam-te pela nuca.

Gemidos de prazer emito-os sob a tua boca, que me queima e invade.

[Somos a mesma matéria, somos um só, nas doces descargas de prazer que nos queimam as veias]


Chamaste-me?! Eis-me aqui…

6 de junho de 2012

ACORDAR EM TI


Gritei a avisar-te que era dia,

e foi à madrugada que eu gritei;

despontavam nas colinas dos teus seios

... as brasas rubras de uma noite,

e a vontade de acender-se

aquecia brandamente a minha mão.

Na transparência dos teus olhos

crescia o mar,

e nessa imensa estepe de lágrimas

que o sono embalava,

afundava-se perdido o meu olhar.



E na tua boca a abrir-se,

dois pássaros vermelhos

ensaiaram um bailado conhecido;

já não sei

que figura de ternura morreu breve,

no beijo que,

dirias,

finalmente incendiou o nosso dia.

José Nuno Ferreira da Costa

4 de junho de 2012

Querer-te … Ter-te...



O meu desejo tropeça nos teus beijos.

Embalados em sonhos, que rabiscam ternuras, carícias, exigem respostas.

Desejo-te já, agora e aqui… aqui, neste momento, neste lugar.

Quero-te com todas as forças, preciso alimentar-me do teu corpo, beber a tua essência, aquecer-me nos teus pensamentos.

É paixão. Este delírio, esta ânsia, estes aromas que exalo, através de milhares de poros dilatados e gritantes.

[a minha pele grita por ti]

Corpos colados, cheiros misturados



[já nem sei onde começo eu e acabas tu]

Cúmplices, fascinados, enlouquecidos…


[Sempre que fazemos amor…]


3 de junho de 2012

Escreves em mim



O sabor dos teus beijos, quando a minha boca chama por ti, são chama ardente.

Escreveste-me o corpo com esses beijos. Escreveste todo o meu corpo, entre montanhas reluzentes, planícies deslumbrantes e a humidade dos vales. Beijos escritos com a ponta dos dedos.

O meu corpo foi o teu papel.

E sinto as palavras que calas, como meros, insignificantes e ocos sons se tratassem. Escreves-me com beijos, entre silêncios , quebrados por gemidos, vindos das profundezas do meu ser.
 

Escreves em mim… palavras escritas a beijos, que só o meu corpo decifra.



23 de maio de 2012

Intensa Tentação



Nas noites frias, quero aquecer-te.

Guia as minhas mãos,

De paixão enlouquecer-te.


Os beijos que trocamos são fagulhas, incandescentes,

Nos corpos incendiados, vulcânicos.

Flamejantes, de desejos incessantes,

Corpos ondulantes e provocantes.


Bebo a tua pele,

Provo a tua carne.

Esfomeada, sacio-me em ti.

Alimento o fogo que nos renova.


Saboreio este momento,

Sou a mulher que te sacia.

Perco-me em ti,

Preencho-te com o meu sabor.


O teu prazer é o meu prazer…
Intensa Tentação

20 de maio de 2012

O desejo que há em mim



Incontido.

De saborear os teus lábios, a tua pele.

Secar as tuas gotas, que me fascinam e incendeiam.

Não me pedes [não precisas pedir], mas dispo-me para ti.


Despida, na cama, só coberta pelo lençol,

Que tem o teu cheiro.

O cheiro dos nossos corpos amantes.


Passo a ponta dos dedos nos teus cabelos húmidos,

Acabados de lavar, pela chuva que há em nós.

Esta chuva serve apenas para molhar o meu corpo,

Este corpo que só serve para que te possas molhar em mim.

No desejo que há em mim, estou pronta para ti.

16 de maio de 2012

Dá-me a tua boca



Quero-a.
Exijo-a.

Quero a tua boca a percorrer o meu corpo, a lamber a minha pele, a sugar a minha essência.

Quero sentir os teus lábios, suaves e exigentes a percorrerem-me, entre rios e lagoas, montes e planícies.

Quero sentir a tua língua nos meus seios rijos e mamilos tugidos, rolando entre as tuas mãos [perfeito encaixe].



Dá-me a tua boca, suga-me a alma, lambe-me a língua.


O meu corpo, inteiro, exige-a:

Quer-te inteiro, sem manias nem disfarces.

Tão verdadeiro, começas e terminas no meu corpo.



[Dá-me a tua boca.]

10 de maio de 2012

Tentação



Vou ao fundo de ti beber a tua água.

Na tua fonte, sacio a sede do teu sabor.

E bebo, mordisco, saboreio.

 

Puxo o teu corpo,

Para cima do meu.



Assim…


Gritos de alma,

Gemidos e suores.


 

Carinho.

Loucura.

Paixão.

Ternura.


Puxas o meu corpo,

Para cima do meu.



Assim…


Ritmo crescente.

Bocas famintas.




Inundados de prazer.

5 de maio de 2012

Enigmas



Sinto os teus braços muito além da tua chegada.

Os teus beijos…molham-me a boca, muito antes da tua presença.

Todos os sentidos despertas

E desapertas ebulições.



[porque há factos que não se entendem

nem se explicam]



O meu corpo antecipa-te,

Pressinto-te em silêncio quentes e prolongados,

Preenchidos de gemidos e desejos.

[… vontade de…]



Ser tua. Tão tua…
… fazer amor contigo…